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Archive for the ‘Mulézinha’ Category

Muito tempo passou e eu voltei só para escrever sobre minha tristezinha. Que tá doendo cá dentro.

Então, o quê que acontece? Acontece que eu não consegui o raio do ingresso para o superhipermegalomaníacotudodebãoesonhado show dos Los Hermanos.

Passagens separadas, quase compradas, planos para o final de semana em Salvador, namorado também animado e meus coração aos pulos. O dia mais feliz do ano, mt provavelmente. De repente: Não há mais ingressos!!!  Por pouco, quase que nunca houve, já que  estes  acabaram em cerca de uma hora e pouco. Por que, meu Deus? Eu queria tanto. Só eu sei o quão importante seria um showzinho daqueles barbudos e que parecem entender tudo o que eu não sei explicar verbalmente. No atual momento da minha vida- breguices e exageros a parte- seria uma introspecção não silencioda, revelada nas melodias e letras. E, como todo show deles, eu tenho certeza absoluta de que sairia renovada. Como só aqueles que entendem as músicas porque as sentem sabem do que eu estou falando. E não quero parecer uma teenzinha que vibra com bandinhas. E num tô conseguindo explicar, e num preciso.

E pra piorar, decidem fazer um show extra, mas por algum motivo ilógico pra mim, também decidem não vender pela internet.

O que eu queria dizer mesmo é que eu queria MEEESMO estar lá, me encontrando a cada tom, voltando leve pra casa com sorriso no rosto e coração pronto.

Só uma coisa a dizer: Meu mundo caiu!!

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       Pois então, crianças, tô lendo, né? Lendo o q quero e não o q mandam as orientações  acadêmicas *… Ultimamente, ando devorando Clarice. Não lia, achava difícil, pesado… No máximo as frases soltas . Mudei. Sabe aquela lendinha d que não escolhemos os livros, mas eles nos escolhem? Pois é, acho q é verdade mermo, mermão! Ganhei em dezembro um livro (A descoberta do Mundo) da Vê.  Ainda não terminei e, pelo q sinto de Clarice, é assim mesmo q deve ser.  Tem q ser aos poucos, sem pressa. Leio um cadím td dia e, sendo o livro um livro de crônicas, não corro o risco de perder o fio da meada. Comecei a ler o livro e que delícia!!!!! Tantas coisas marcadas, tanta gente lembrada, tanto de mim encontrado em palavras. Por isso acho que o livro nos escolhe. E só a Vê p conseguir lá de longe saber-sem-saber-que-sabe do q eu preciso.

       Fui p  Roça Imperial e esqueci o livro: Burra! Fiz o q? Comprei outro? Brilhante! Comprei o “Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres” pq já tinha ouvido tanto falar e estava há muito tempo namorando. Alguém q foi um forte e intenso presente da vida ano passado (2008? caraca! o tempo passa, o tempo voa e a poupança…. eu sou mt desnecessária às vezes, credo!) fala mt deste livro e aí nunca foi tão legal estar sozinhando na livraria em um sábado de tarde. E com um cartão na bolsa.

       Então, comecei a ler. Estranhei. O início é meio Saramago, com uma pontuação esquisita e até a falta dela em alguns momentos. Depois entra nos eixos, no q temos por normal.  Eu realmente não percebo bem as coisas, deve ser por isso q não conseguia entender Clarice (vcs vao entender porque disso). Estava lendo, marcando umas coisas e me deparei com uma parte** q lembrou o meu maridinho do cerrado, aquele doverlandense safado.  Resolvi escrever um torpedin p ele falando sobre livro e com a parte q o trouxe lá de longe p perto de mim. Ele, como muito sabido q é, já leu e ainda me fez umas observações. Se n tivesse vindo dele, poderia ser pedante, porque na msg, entre outras coisas, ele foi extremamente preciso, escreveu: “leia pag 23” E me falou sobre aprendizagem e tals. Só aí q eu percebi q realmente o livro  fala dessas coisas, de um auto conhecimento, de uma aprendizagem sobre td. Sobre a dor, sobre si mesma, sobre o amor, sobre o mundo… sobre aprender a viver, a se sentir ( e como isso é  prazeroso, apesar d ser um processo bastante doído e lento, na minha opinião e experiência). E aí eu retomo aquela parte q diz q eu sou lesada. O nome do livro não poderia ser mais claro. Ainda bem q eu sou casada. E com um intelectual.

        Aí, continuei lendo. E achei a parte q mais me tocou. Porque é o q mais tenho falado por aí, é o q mais tenho tentado permitir a mim mesma. Ser. O que queremos, amar a tds (cada um requer um tipo de amor, mas é amor d qq forma) sem receio d posar de bobo ou de ingênuo (sim aos  bregas, porque brega é Mara!), ter aquela inocência e verdade de criança, a fome, a esperança e a falta de vergonha p  mostrar isso aos outros, coragem de ser o que sente***. O livro me escolheu. Ainda bem.  Senti um ar fresco por alguém ter posto no papel o q tenho na caixola.

Enjoy, bando:

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“E então você não quis mais nada disso. E parou com a possibilidade de dor, o que nunca se faz impunemente. Apenas parou e nada encontrou além disso. Eu não digo que eu tenha muito, mas tenho ainda a procura intensa e uma esperança violenta. Não esta sua voz baixa e doce. E eu não choro, se for preciso um dia eu grito, Lóri. Esperarei nem que sejam anos que você também tenha corpo-alma para amar. Nós ainda somos moços, podemos perder algum tempo sem perder a vida inteira. Mas olhe para todos ao seu redor e veja o que temos feito de nós e a isso considerado vitória nossa de cada dia. Não temos amado, acima de todas as coisas. Não temos aceito o que não se entende porque não queremos passar por tolos. Temos amontoado coisas e seguranças por não nos termos um ao outro. Não temos nenhuma alegria que já não tenha sido catalogada. Temos construído catedrais, e ficado do lado de fora pois as catedrais que nós mesmos construímos, tememos que sejam armadilhas. Não nos temos entregue a nós mesmos, pois isso seria o começo de uma vida larga e nós a tememos. Temos evitado cair de joelhos diante do primeiro de nós que por amor diga: tens medo. Temos organizado associações e clubes sorridentes onde se serve com ou sem soda. Temos procurado nos salvar mas sem usar a palavra salvação para não nos envergonharmos de ser inocentes. Não temos usado a palavra amor para não termos de reconhecer sua contextura de ódio, de amor, de ciúme e de tantos outros contraditórios. Temos mantido em segredo a nossa morte para tornar nossa vida possível. Muitos de nós fazem arte por não saber como é a outra coisa. Temos disfarçado com falso amor a nossa indiferença, sabendo que nossa indiferença é angústia disfarçada. Temos disfarçado com o pequeno medo o grande medo maior e por isso nunca falamos no que realmente importa. Falar no que realmente importa é considerado uma gafe. Não temos adorado por termos a sensata mesquinhez de nos lembrarmos a tempo dos falsos deuses. Não temos sido puros e ingênuos para não rirmos de nós mesmos e para que no fim do dia possamos dizer “pelo menos não fui tolo” e assim não ficarmos perpiexos antes de apagar a luz. Temos sorrido em público do que não sorriríamos quando ficássemos sozinhos. Temos chamado de fraqueza a nossa candura. Temo-nos temido um ao outro, acima de tudo. E a tudo isso consideramos a vitória nossa de cada dia.


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* Mas eu nem leio as orientações acadêmicas. No máximo, as obrigações rs

** “pensou no que ele estava se transformando para ela, no que ele parecia querer que ela soubesse, supôs que ele queria ensinar-lhe a viver sem dor apenas”

*** Assim, tenho feito isso e me escangalhado um bocado, mas tô conseguindo montar os cacos e, depois de pronto, o quebra cabeça, se parece mais comigo. De repente, não seria um quebra cabeção com tantas peças se td mundo tivesse sendo. Alguns me acham sensível, passional e sei lá o q! mas, no fundo, a minha força vem da minha doçura, beibe.  

E eu juro q não acho bonito ser tão clichê!

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fofo-e-eu1

     Hoje é aniversário do Fofo (meu papito). Ele é lindo e jovem, está fazendo 43 aninhos. E tudo que eu queria era dar um abraço bem apertado naquele safado que me mostrou mais do que ninguém que algumas mágoas não são curadas, mas isso não impede vc de amar incondicionalmente alguém. Nós temos as nossas desavenças do passado, sim, mas temos o nosso presente maduro e estável, recheadinho de respeito ao espaço do outro e de amor de pai e filha. Até hoje ele me chama de neném (e a Fofa, de bebê) e fica falando com voz d criança ao telefone, o q faz c q eu fique td boba, derretida de saudade com cobertura de orgulho.

           Nos encontrávamos pouco quando criança, tão pouco que, por saudade, eu fui capaz de fugir da escola aos 5 anos e ir sozinha p o trabalho dele, feito heróico que resultou em um barraco na escola. Ainda assim, ele sempre foi muito exigente comigo, em tudo: na escola, em casa, na família, no dinheiro e acabou q deu no q deu, fiquei assim. Inúmeras vezes, eu não queria vê-lo nem pintado de ouro, mas já posso reconhecer a validade de td e, no fim das contas, acho até q ele fez um bom trabalho, né, minha gente? 😉 Não é puxasaquismo barato, mas eu conheço poucas pessoas tão esforçadas, dedicadas e humildes. E eu nunca, em toda a vida, o vi fazendo mal alguém, prejudicando qq pessoa. Mas já vi o contrário.

      Aquele sapeca tem dado trabalho, me deixado com o  peito apertadinho de preocupação e um choro abafado… tudo superado pela enorme vontade de ser forte por e para ele. E hoje, no dia de velinhas, eu tô aqui, mas queria tá lá, pra ouvir aqueles causos repetidos, vê-lo fazer hidratação no cabelo (pq ele é um luxo! môbem), implicar com a minha mãe, reclamar porque eu não acertei o relógio do carro depois de anos, mostrar o mais novo novo relógio (ele a-d-o-r-a relógios), falar de futebol como se eu fosse um colega de buteco, me encher de perguntas sobre o funcionamento do celular e do computador, fazer aqueles trabalhos da faculdade e falar bem pouquinho do q acontece comigo; porque, no final, eu só quero estar com eles (Fofo e Fofa). Não quero falar d mim, quero muitão deles, pra ter reserva p qnd voltar e estiver longe, com a mente preocupada, a agenda cheia e o coração distante. Enfim, queria estar em casa, repousar o coração naqueles que mais me conhecem pois foram partes indispensáveis na formação do q sou.

      Queria ser só um pouquinho dele. Queria poupá-lo do q tem passado. Queria poder entrar em todas as pessoas e fazer c q elas sejam mais legais e o aceitem mesmo c aquele jeito brincalhão. Queria ser Papai do céu, pra preservá-lo,  porque eu sei que ele já sabe a lição. Queria q fôssemos mais evoluídos e tivêssemos cura p td.  Queria poder me dividir e virar várias pessoinhas diferentes, pra falar c ele na rua e fazê-lo ver q ainda tem gente muito boa nesse mundo, por mais que às vezes elas pareçam ter ido p um lugar escondido e nos deixado por aqui. Queria hoje ser Deus. Queria hoje ser o Neném.

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